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O que é regulação emocional?

  • Foto do escritor: Erica Rodrigues
    Erica Rodrigues
  • 12 de ago. de 2022
  • 3 min de leitura

Nós tivemos essa semana um texto aqui no blog sobre emoções (se você ainda não leu, entra na categoria Fernanda Sousa), nesse texto tem uma breve explicação (já que é impossível esgotar o tema) do que são emoções e quais são as nossas emoções básicas.

É importante enfatizar que as emoções aparecem de forma involuntária, mediante a uma situação e conforme o significado que atribuímos a essa situação, ou seja, é possível controlá-la, mas não evitá-la.

Uma das formas de controlar as emoções é através da regulação emocional, mas o que é isso?



Imagem: Canva Pro

Quando nós vivenciamos uma experiência e atribuímos significados negativos a ela, naturalmente teremos emoções de formas intensas, na maioria das vezes com uma função negativa e consequentemente adotaremos comportamentos também disfuncionais.


Por exemplo:


Uma pessoa passa pelo término de um relacionamento onde existiam grandes expectativas, as emoções, como, tristeza, angústia, desespero, ficam tão intensas, levando essa pessoa passa a beber e fumar descontroladamente, para amenizar essas emoções.

Isso é o que chamamos de desregulação emocional, sendo a dificuldade e/ou falta de habilidade em lidar com as experiências negativas de uma forma mais saudável.

Já a regulação emocional é o oposto de desregulação, a regulação emocional inclui estratégias de enfrentamento da mesma situação, confrontando a intensidade emocional não desejada.

A regulação emocional é como um termômetro, que nos ajuda a medir a intensidade do nosso desconforto emocional e então adotamos comportamentos mais eficazes visando diminuir aquela emoção, mantendo-a em um nível mais tolerável.

Para termos uma boa regulação emocional, precisamos aprender a nos adaptar as emoções, conforme Folkman e Lazarus (1998), nós temos oito estratégias para lidar com as emoções, são elas:


  1. Confrontação (como, por exemplo, o desenvolvimento da assertividade na comunicação);

  2. Distanciamento (se possível se distanciar do que está desencadeando essa emoção);

  3. Autocontrole (existem técnicas cognitivas e comportamentais que auxiliam nesse processo);

  4. Busca de apoio social (falar com pessoas da sua confiança sobre a situação e emoção que você está vivenciando);

  5. Aceitação de responsabilidade (nem tudo conseguimos alterar e em alguns momentos precisaremos aceitar a situação que estamos vivendo e compreender qual a nossa responsabilidade sobre ela);

  6. Fuga-esquiva (tentar sair de forma antecipada das situações que você sabe que te gera um grande desconforto emocional);

  7. Resolução planejada de problemas (mediante a emoção intensa, pensar em como aquela situação pode ser resolvida):

  8. Reavaliação positiva (será que essa situação foi tão desconfortável? Qual mensagem essa emoção está querendo te passar?).

Você deve estar se perguntando:


“Ok, então quais seriam as estratégias adaptativas para a pessoa do exemplo acima que está em grande sofrimento em relação ao término do namoro?”.

Se essa pessoa aprender a regular suas emoções com base nas oito estratégias mencionadas, ela poderia substituir beber e fumar por:


  • Prática de atividade física;

  • Exercícios de relaxamento;

  • Distração temporária;

  • Atividades prazerosas;

  • Aceitação.

Essas são apenas algumas das estratégias comportamentais.


Para finalizar é importante deixar claro que o desenvolvimento de uma boa regulação emocional, está vinculado ao seu contexto de vida, a experiência da situação, o que essa situação representa para você, e diversos outros fatores.

O objetivo é sempre desenvolvê-la para ter uma melhor saúde mental e desenvolvimento de autoeficácia diante das adversidades da vida, mas às vezes essa regulação passará por oscilação, ou seja, em algumas situações teremos mais habilidade de regulação emocional e em outras nem tanto, isso não significa que não possa ser melhorado.


Espero que esse texto tenha te ajudado.


Referencias:


LEAHY, Robert et al. Regulação Emocional em Psicoterapia. Artmed Editora, 2013.



 
 
 

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